Numa Moldura Clara e Simples

Parecia intocável,havia na sua entrega algo que não se entregava, nos seus silêncios uma voz que os ouvidos não apreendiam,ocultava seus medos.

Era tão forte o suficiente para viver,sabia que era bobagem ter medo de sofrer,porque a gente sofre de qualquer jeito,isso é tão claro e certo como a luz do sol que não precisava de explicações.

Sabia que quando se perde uma asa,remenda e apara a outra.

Outras tantas,se apega em rezas,versos bonitos,cantoria solta e sorriso largo.

Sabe que tudo passa se acostuma e vai sem medo e volta a ter o gosto de sonho na boca, tira o pé do chão, porque é carregada de retalhos de Amor, fica bem.

Remenda,cola o que sobrou, faz dos pedaços o seu vitral e bota ele no sol para aproveitar o reflexo,depois faz mágica.

A gente podia se ver no ar

Pra dizer que o tempo cura e o Riso volta.